V ír u s

 

O que são Vírus?



Vírus são programas como outros quaisquer, com a diferença           de que foram escritos com o único objetivo de atormentar a           vida do usuário.           Para "pegar" um vírus, você deve obrigatoriamente ou           executar um programa infectado ou acessar um disquete que           tenha um vírus escondido. Não há outra forma de           contaminação. Por isto, é impossível pegar vírus através de           e-mail, por exemplo. Mesmo que você tenha um programa           infectado, caso você não o execute, o vírus não irá           contaminar o seu micro.           Na verdade, o micro não "pega" vírus nem "fica" com vírus.           Os vírus ficam alojados secretamente dentro de programas ou           da área de boot de disquetes ou do disco rígido. Por este           motivo, é impossível que você compre alguma peça de           computador "com vírus"; eles necessitam estar armazenados em           algum lugar, normalmente disquetes e discos rígidos. Como           são programas, com o micro desligado os vírus não podem           fazer nada, mesmo que o micro esteja infectado.

 

Como Funcionam os vírus?



Ao executar um programa infectado ou acessar um disquete contaminado, o vírus passa para a memória (RAM) do micro. Estando residente em memória, ele passará a interceptar todas as rotinas de acesso a arquivo e disco do sistema operacional; sempre que um novo arquivo for acessado, o vírus adicionará uma cópia de si próprio neste arquivo (caso o vírus seja um "vírus de arquivo"). Outro tipo de vírus, conhecido como "vírus de boot" não se esconde em arquivos,mas no setor de boot de disquetes e de discos rígidos. Esse tipo de vírus grava uma cópia de si próprio em todos os disquetes que forem inseridos no drive. Essa é a "fase de contaminação", onde o vírus tenta se espalhar o máximo possível. Repare que o vírus estará ativo a partir do momento em que está carregado em memória (RAM). No caso de vírus de arquivo, eles tratam de infectar logo o arquivo COMMAND.COM, que é um dos primeiros arquivos a serem carregados pelo sistema operacional. Como o COMMAND.COM é sempre carregado, o vírus sempre estará em memória. No caso de vírus de boot, o vírus é carregado antes do sistema operacional, pois há uma modificação na rotina de boot do disquete ou do disco rígido. Por este motivo, não adianta nada executar um programa antivírus a partir de um micro infectado. Caso você "rode" o antivírus, o mais provável de ocorrer é o próprio vírus contaminá-lo, pois ele estará carregado em memória. Ou então, irá acontecer de você retirar o vírus e ele novamente contaminar arquivos ou o setor de boot, uma vez que ele ainda estará presente na memória (RAM). Desta forma, para executar um programa antivírus, você deverá preparar um disquete de boot (com o comando FORMAT A:/S) e copiar o antivírus para este disquete. É claro que este procedimento deverá ser executado em um micro "limpo", sem vírus. Depois, basta dar um boot com o disquete antivírus que você preparou, ou seja inserir o disquete no drive e ligar o micro. Não se esqueça de alterar a seqüência de boot no setup. Para isto, pressione a tecla [DEL] durante a contagem de memória; altere a opção "boot sequence" de "C,A" para "A,C", no menu "advanced setup". Saia do setup gravando as alterações feitas. Outro caso muito comum é o do usuário leigo que fica reclamando "este vírus é danado mesmo; já reformatei o disco rígido mais de 5 vezes e ele continua lá !" Primeiro que a formatação do disco rígido só é recomendada em último caso - quando o antivírus realmente não consegue retirar o vírus do disco rígido. Em segundo lugar, se você precisar reformatar o disco rígido, deverá fazê-lo dando um boot com um disquete "limpo", preparado em um micro não-infectado. Caso você tente formatar o disco rígido dando boot por ele mesmo, o vírus irá ser carregado em memória (RAM) e, logo após você ter acabado de formatar o disco, o vírus irá imediatamente se copiar para lá... Os vírus ficam nesta fase de contaminação até entrarem em atividade. Há várias maneiras do vírus entrar em atividade, a mais divulgada pela mídia é através de uma data específica. O vírus Michelangelo, por exemplo, entra em atividade no dia 6 de março, quando, então, destrói dados do disco rígido. Quando o vírus entra em atividade várias coisas podem ocorrer. Em geral o micro "fica maluco", com um comportamento totalmente anormal - o micro fica apresentando muitas mensagens de erro e "travando" constantemente. Alguns tipos de vírus destróem dados e outros simplesmente apresentam mensagens pacíficas.

 

Vírus de Arquivo



Os vírus de arquivo ficam armazenados "dentro" de arquivos           executáveis - geralmente os arquivos com extensão EXE ou           COM. Eles alteram o arquivo original de forma que sejam           carregados para a memória (RAM) antes do arquivo original.           Uma vez na memória, o vírus contamina todos os arquivos           executáveis que forem chamados a partir de então.           O arquivo preferido dos vírus é o COMMAND.COM, que é sempre           executado. Com o COMMAND.COM infectado, todos os programas           que forem executados após o "contágio" serão automaticamente           infectados pelo vírus, que tratará de copiar para cada           arquivo uma cópia de seu próprio código.           Caso você "rode" um arquivo executável infectado em um micro           "limpo", isto fará com que o micro seja igualmente           "infectado": muito provavelmente o vírus procurará o           COMMAND.COM do micro "limpo" para lá armazenar uma cópia de           seu código.           Importante notar que os vírus de arquivo são carregados para           a memória (RAM) somente após você ter executado um arquivo           contaminado. Se você possuir um arquivo contaminado porém           não o executar, ele não terá como infectar o micro nem como           destruir dados, já que o vírus não terá como passar para a           memória (RAM).           A seguir ilustramos o funcionamento de um vírus de arquivo           chamado Barrotes. Este vírus possui 1.310 bytes de código. O           arquivo COMMAND.COM do MS-DOS possui 54.619 bytes (este           tamanho varia conforme a versão utilizada). O arquivo,           quando infectado, "engordou" 1.310 bytes, passando a ter           55.929 bytes.           COMMAND.COM (54.619 bytes)           Vírus Barrotes (1.310 bytes)           Total: Arquivo com 55.929 bytes           Alguns programas antivírus (como o CPAV e o MSAV) criam uma           lista (checklist) dos arquivos executáveis e de seus           tamanhos. Caso um arquivo executável aumente misteriosamente           de tamanho, o programa antivírus alerta ao usuário a           possibilidade do arquivo estar infectado por um vírus           desconhecido.           É claro que os criadores de vírus conseguiram burlar este           "problema". Em geral, os vírus mais recentes, quando estão           em memória (RAM), forçam o sistema operacional a indicar o           antigo tamanho do arquivo e não o tamanho com que ele ficou           após estar infectado.           Vírus de arquivo só podem ser removidos através de programas           antivírus. O programa antivírus possui um banco de dados           contendo o código de vários vírus. Ele compara todos os           arquivos do disco rígido (ou disquete) com este banco de           dados, na procura por vírus. Encontrando, este mesmo banco           de dados aponta como desinfectar o arquivo contaminado.           Como, em geral, o vírus apenas "cola" o seu código ao           arquivo executável, a remoção do vírus é possível sem           "estragar" o arquivo infectado.           Entretanto, há certos tipos de vírus que sobrepõem parte do           código do arquivo executável, destruindo automaticamente           parte do arquivo ao infectá-lo. Com isto, a remoção do vírus           torna-se impossível, pois o arquivo original não poderá ser           recuperado. Contudo, o antivírus é capaz de apontar os           arquivos infectados por vírus deste tipo e recomendar que           eles sejam apagados. Este é o caso do vírus Freddy Kruegger,           por exemplo.           Existem milhares de vírus de arquivo. Alguns dos mais           conhecidos são o Atenas (Trojector) e o Natas.

 

Vírus de Boot



Os vírus de boot alteram o setor de boot de todos os discos           que encontrarem a partir do momento em que estiverem           carregados em memória (RAM). Isto faz com que o vírus seja           carregado automaticamente para a memória antes mesmo do           sistema operacional toda a vez em que for dado um boot com           um disco contaminado.           A seqüência de boot de um disco com MS-DOS é a seguinte:           BIOS, Setor de boot, Sistema operacional (MSDOS.SYS e           IO.SYS), COMMAND.COM, CONFIG.SYS, AUTOEXEC.BAT.           Após a execução do POST (Power On Self Test, aquele           autoteste que há sempre em que ligamos o micro), o BIOS do           computador carrega em memória (RAM) o setor de boot do disco           de boot, que pode ser o disco rígido ou um disquete,           dependendo do que o usuário optar. No setor de boot há um           pequeno programa, chamado bootstrap, responsável por           carregar o sistema operacional em memória.           O vírus, quando contamina um disco, altera o código do           bootstrap, de modo que ele passe a carregar o vírus antes do           sistema operacional. Portanto, em um disco infectado por um           vírus de boot, a seqüência de boot seria alterada da           seguinte forma:           BIOS, Setor de boot (infectado, bootstrap alterado), Vírus           de boot, Sistema operacional (MSDOS.SYS e IO.SYS),           COMMAND.COM, CONFIG.SYS, AUTOEXEC.BAT.           Como o código do bootstrap é sempre o mesmo para todos os           micros que possuam MS-DOS ou Windows 95, um programa           antivírus é capaz de identificar rapidamente se um micro           possui ou não um vírus de boot, comparando o código           bootstrap existente no disco com o código do bootstap           padrão. Se eles forem diferentes, há um vírus de boot no           disco. Isto dá a possibilidade, inclusive, do programa           antivírus identificar um vírus de boot desconhecido.           A remoção de um vírus de boot geralmente é muito simples. Se           copiarmos um setor de boot padrão por cima de um setor de           boot contaminado, iremos desabilitar o carregamento do vírus           de boot. Isto é feito facilmente através do comando FDISK           /MBR. É claro que este procedimento deve ser feito dando-se           um boot com um disquete "limpo", pois caso o vírus esteja           residente em memória (RAM), ele contaminará novamente o           setor de boot do disco rígido logo após você ter limpado o           setor de boot.

Vírus de Macro



Dissemos que os vírus são ativados somente quando executamos           algum programa infectado. Graças à uma falha de segurança do           processador de textos Word, é possível fazer com que vírus           sejam escritos na linguagem de programação do Word - Word           Basic -, que é utilizada na criação e execução de macros.           Macros são pequenas rotinas com a finalidade de executar           processos pré-estabelecidos muito utilizados. Podem ser           utilizados através da opção "Macro" existente no menu           "Ferramentas" do Word.           No caso do vírus de macro, eles gostam de bagunçar com o           processador de textos, como por exemplo, trocar opções e           comandos, bagunçar a impressão, enfim fazer com que o seu           Word tenha um comportamento anormal.           É claro que os vírus de macro atacam exclusivamente o           processador de textos. Além disto, este é o único tipo de           vírus capaz de se alastrar utilizando um arquivo de dados           como meio de propagação.           Um dos grandes problemas do vírus de macro é que ele é           multiplataforma, ou seja, roda em qualquer sistema           operacional, seja Windows, Windows 95, OS/2 ou Mac/Os, pois           o vírus é escrito baseado na linguagem de programação do           Word.           Aliás, o grande problema hoje em dia é em relação à este           tipo de vírus. A maioria dos usuários sabe do perigo que os           vírus representam. Daí, quase todo mundo tem um programa           antivírus. Entretanto, programas antivírus mais antigos           dificilmente irão detectar vírus de macro. Somente as           versões mais novas dos programas antivírus detectam com           precisão este tipo de vírus.                  Figura 1: Arquivos infectados com vírus de macro.           Com um arquivo infectado carregado, observamos as macros que           eram trazias com ele. Observe na figura a existência de uma           macro "AutoOpen", responsável pelo "estrago" do vírus.             Figura 2: Texto com vírus de macro. Note a presença da macro                                   "AutoOpen".           Este tipo de vírus alastra-se em proporções assustadoras e a           contaminação é facílima. Basta você abrir qualquer documento           infectado para que o vírus infecte o modelo global           NORMAL.DOT, responsável pela configuração do Word. Como o           NORMAL.DOT é sempre carregado, qualquer arquivo que você           crie ou abra depois do "contágio" estarão contaminados           também.           Como este é um tipo de vírus muito novo, a maioria dos           usuários se esquece de passar um programa antivírus em           disquetes contendo arquivos DOC emprestados por colegas ou           disponíveis no trabalho. Até mesmo pela Internet é muito           fácil pegar este tipo de vírus. Basta que alguém lhe envie           um arquivo "DOC" infectado anexado a um e-mail (em           "attach").           Aliás, já que tocamos no assunto, é impossível que um e-mail           contenha um vírus, somente o arquivo anexado a este, ok ?           São totalmente falsas as afirmações de que existem certas           mensagens de e-mail que "estragam" o computador quando           abertas, pois contém "perigosíssimos" vírus. Mensagens           divulgando fatos falsos como este são chamadas "spam" e são           altamente condenadas pela "etiqueta" da Internet.
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